Atitude
correta diante do perigo!
Havia uma
cidade com um rio caudaloso, onde muitas pessoas se divertiam. Uma imensa
barreira estava rompendo-se e por causa disso a destruição devido a invasão das
muitíssimas águas provocaria uma grande catástrofe.
A proposta
mais eficaz foi a de espalhar pequenos barcos motorizados que pudessem buscar
as pessoas, resgatando aos poucos, pequenos grupos a cada
vez. Mas não haveria tempo para explicar minuciosamente o que estava
acontecendo.
Uma sugestão
foi dada, a qual cativou bastante gente. Alguém sugeriu que se enviasse um
grande barco com muitíssimos lugares para abrigar todos dentro dele. E para
atrair as pessoas, ofereceriam atrações especiais, de tal modo que todos
desejassem entrar no grande barco.
Os
responsáveis observaram a sugestão, consideraram a possibilidade, mas concluíram
que depois que todos estivessem dentro do barco, por ser muito grande, a sua
velocidade seria pequena demais e acabaria sendo envolvido pela força das águas,
aumentando a catástrofe.
Então,
partiram para o leito do grande rio. Centenas de pequenos botes motorizados,
com capacidade para duas ou três pessoas foram ao encontro daqueles que estavam
espalhados no rio. Não se conseguia ver a margem do outro lado. Assim, enquanto
alguns botes seguiam em uma direção, outros seguiram para a proximidade da
outra margem. Muitos ônibus foram deslocados para as margens, aguardando a
chegada daqueles que viessem através dos botes.
Assim, foram
chegando muitos.
Mas, para
grande espanto dos operadores dos botes, havia muitos que não queriam deixar o
que estavam fazendo. Eles diziam que poderiam esperar, porque o rompimento da
barreira não provocaria a tragédia que lhes anunciavam. Estavam se divertindo
muito e, mesmo com a insistência para que abandonassem tudo e entrassem nos botes,
preferiram permanecer ali, pois não havia qualquer demonstração de perigo à
vista.
Os
responsáveis pelo salvamento ficaram sem saber o que fazer, porque não havia
como resgatar à força aqueles que insistiam ficar no rio.
O tempo
passava e não havia qualquer sintoma que demonstrasse o rompimento da barreira.
Diante
disso, alguns que já estavam nos ônibus resolveram descer e retornar ao rio.
Quando
aqueles que estavam chegando nos botes viram os que voltavam, muitos deles
resolveram voltar também. A situação foi
ficando crítica para os responsáveis em evacuar a cidade.
Diante
disso, aqueles que tiveram a ideia inicial sobre o grande barco começaram a
dizer que seria uma boa ideia, que atrairia muitos, inclusive os que estavam
retornando. E não seria preciso dizer nada sobre o perigo, bastando oferecer
atrações e o grande barco seria cheio por eles.
No desespero
por causa da repercussão através da mídia, mesmo considerando que não daria
tempo para salvar os que estivessem no barco, considerando que seria a única
opção, cederam e permitiram que o barco fosse usado.
Adornaram o
barco com belos adornos, colocaram excelente som, prepararam iguarias de tal
forma que a mesa preparada oferecia excelente motivo visual, além de aroma
especial e convidativo. Tudo foi feito
de maneira a cativar a todos para que entrassem no grande e belo barco.
Algum tempo
depois, diante do grande barco, quase ninguém queria mais usar os pequenos e
desconfortáveis botes.
Os responsáveis
pela evacuação gostaram do efeito produzido, percebendo que não havia quase
ninguém mais dentro do rio. Concluíram que o serviço estava realizado e
descansaram daquela árdua missão.
Os
passageiros do grande barco começaram a fazer uma grande festa. Até mesmo a
tripulação participava com tranquilidade, porque o rio era tranquilo de se
navegar e não havia qualquer aparência de que apareceriam dificuldades à
navegação.
Apesar dos
tripulantes saberem da perigosa missão, observando a animação daqueles que
chegaram sem saber do perigo que estavam correndo, inclusive sem saber que o
grande barco havia sido disponibilizado somente por causa do grande risco que a
cidade estava na iminência de sofrer, os tripulantes resolveram aproveitar a
animação de todos e participar daquela grande festa imperdível.
O som alto,
o vozerio da multidão, o resplendor do barco e a animação de todos,
proporcionava uma segurança considerada inviolável. E assim o barco navegava
calmamente sem que fosse abalado, no meio daquela imensidão de tranquilas
águas.
Algumas
horas haviam passado e, quando menos esperavam, as águas começaram a sacudir o
grande barco. No primeiro momento sem atrapalhar a festa e as danças. Mas as
águas foram aumentando de volume e de velocidade, começando a arrastar o barco
em direção contrária. De repente, surgiu uma primeira onda com força ainda não
vista, seguida de outras maiores até que, lá do alto, aqueles que haviam sido
transportados para os montes perceberam o grande barco sendo completamente
tomado pela força das águas, tendo sido arrastado de tal forma que não se
conseguia mais percebê-lo no rio, nem as suas belas luzes e tão pouco o som que
inicialmente encantava a todos.
No dia
seguinte a notícia levada pelos veículos de comunicação anunciava uma imensa
catástrofe na cidade que fora completamente imersa pelas águas que a invadiram
devido ao rompimento do imenso dique. Milhares de pessoas ficaram desaparecidas
e outras milhares encontradas mortas. Algumas delas ainda com os colares da
festa embolados no corpo.
Essa é uma
história fictícia. Ela nos serve para avaliarmos as atitudes que temos tomado
diante dos perigos da vida, principalmente diante dos avisos que recebemos
sobre os riscos iminentes.
Serve também
para observarmos que, diante da proximidade de uma catástrofe, não podemos
arriscar nossas vidas e as vidas dos outros, por causa de anseios de
satisfações.
Aquelas
igrejas, cujos líderes estão se deixando levar pelas atitudes das criaturas que
anseiam por entretenimentos, precisam observar que a catástrofe será fatal para
todos quantos permanecerem na situação de criatura, mesmo que aparentem alguma
felicidade por estarem dentro das igrejas.
É preciso
que se tenha completa percepção do risco diante daqueles que não forem
transformados pelo Evangelho e jamais oferecer adornos que lhes façam parecer
com os filhos de Deus, porque no momento final sofrerão a perda da herança,
prometida somente aos filhos.
Talvez
alguém considere muito pesado e até agressivo a forma que estou apresentando
essa história. Mas se observar como a Bíblia nos orienta, perceberá a
realidade. Não podemos deixar de falar do que temos lido e ouvido nas
Escrituras!
Deus nos
abençoe e use no Seu Reino Eterno!
Henri –
Membro da ABACLASS.