Igreja
que cria filhote de Cuco!
“A
fêmea do cuco põe seu ovo no ninho de outro passarinho, e para isso ela tira um
dos ovos do ninho e come, e no lugar põe o seu ovo. Às vezes, quando o ninho é
muito vigiado, aproveita o menor descuido e lança seu ovo de certa distância.
O objetivo disso é que outra família de passarinhos crie seu filhote.
Quase sempre, os ovos dos Cucos
são parecidos com os das espécies que parasitam. O bebê cuco demora 12 dias pra
nascer e, com 8 a 10 horas de vida a cria de Cuco expulsa do ninho os ovos ou
as crias que já estavam no ninho, ficando sozinho, tendo mais espaço e “oferecendo”
aos pais "adotivos" mais facilidade para alimentar uma única cria,
que quase sempre é bem maior do que eles mesmos.
Com 19 dias de vida os filhotes
de Cuco estão prontos para abandonar o ninho. Reproduzem-se pela primeira vez
com um ou dois anos de idade.
Às vezes nascem 2 cucos ao
mesmo tempo e no mesmo ninho - de ovos postos por 2 fêmeas - e a luta pelo
lugar acontece de uma forma muito mais violenta porque ambos são possantes e
determinados, podendo ocasionar a morte dos dois por cansaço.” Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/cuco.html
O que estou
pensando ao apresentar essa situação sobre pássaros?
É que
percebo que há igrejas sendo exploradas de forma semelhante aos pássaros cujos
ninhos são invadidos pela fêmea do Cuco.
Observo que
o casal cujo ninho foi invadido passou a criar um filhote que não era seu, mas
mesmo assim, sem saber, tornam-se pais muito felizes porque percebem de forma
mais rápida o seu filhote nascer.
Enquanto nos
outros ninhos existe apenas a expectativa dos ovos sendo chocados, no ninho
onde os ovos foram trocados pelo ovo do Cuco, já há um filhote “alegrando” os
pais que naturalmente se sentem mais “abençoados” do que os demais, afinal já podem contemplar a
“bênção” em suas vidas...enquanto nos demais ninhos há apenas ovos...
E essa
bênção não é somente inicial, mas permanece aumentando nos próximos dias, porque enquanto
os ovos naturais eclodem nos ninhos, proporcionando uma “pequena” alegria neles
por causa dos pequeninos filhotes, no outro ninho já se pode perceber um grande
filhote que cresce a cada dia...
E cresce
tanto que após os primeiros dias já está maior do que os pais, obrigando-os a
correrem, ou melhor, voarem de um lado para o outro a procura de alimentos,
pois o filhote faminto lhes exige completa dedicação.
Enquanto os
demais filhotes se apresentam mirradinhos, o filhote “especial” já quase não
cabe mais no ninho, deixando os pais cada dia mais convencidos que foram "abençoados" e por isso, acabam convencendo toda a comunidade de pássaros que
aquele ninho é especial, produzindo inclusive o desejo nos outros de ter também um ninho
semelhante!
Sem querer,
por causa do que contemplam no ninho superior, alguns acabam se deixando levar
pela falsa impressão de que poderiam fazer alguma coisa para conseguir a mesma
bênção conseguida pelos que experimentam tamanha "alegria".
Observando o
crescimento do outro filhote e comparando com o seu, aluns chegam ao ponto de
desejarem serem pais do outro, renegando o que tem e considerando-o bênção inferior...
Ou até mesmo consequência de uma “maldição hereditária”!
E tudo vai
muito bem na vida dos pais “especiais”, ricamente “abençoados” pelo filhote que
agora já consegue alçar voo enquanto os demais filhotes parecem tão
fraquinhos, sem ao menos conseguirem
bater as asas que ainda estão criando penugens...
Mas de um
modo inesperado, saindo o filhote “abençoado” do ninho para o voo, de repente,
eis que uma grande surpresa sucede o voo, pois o filhote já se
tornou adulto e não mais voltará, deixando os pais sem a descendência, porque era
um filhote de Cuco...
Enquanto isso, nos outros ninhos os filhotes estão crescendo naturalmente. E mais tarde darão descendência aos seus pais.
Assim há
muitas igrejas que, quais ninhos habitados pelo filhote de Cuco, impedindo a
vida natural daqueles que deveriam nascer e crescer ali, alegrando a liderança
com as coisas surpreendente que faz , mas que de repente se vai porque não é
filho de Deus, sendo apenas uma criatura que não tem vínculo com a Igreja, mas
que anseia viver conforme a sua natureza carnal.
Estejamos
atentos aos filhotes de Cuco que são colocados na igreja e aceitos com grande
alegria. São eles que atrapalham o crescimento da Igreja porque logo se vão sem permitir a continuidade por não produzirem "filhotes". Ao contrário, tomarão a mesma atitude, colocando os seus ovos em ninhos alheios, dando continuidade ao seu crescimento mas impedindo o crescimento natural da Igreja.
A Bíblia é
clara ao nos mostrar o que nos diz Jesus Cristo sobre aqueles que não nasceram
de novo. E mesmo que realizem proezas, milagres e até mesmo anunciem o
Evangelho, ouvirão de Cristo algo duro demais porque Ele lhes dirá: “não vos conheço”!
Saibamos que
a Igreja é lugar de filhos de Deus. E mesmo que não pareça muito esbelto,
atrativo, ou chamativo, é melhor ter a igreja com os filhos do que com as
criaturas que por um momento participam, mas de repente abandonarão "alçando" voo para longe.
Querer
encher a igreja de qualquer jeito é contrariar o Evangelho, que é o Poder de
Deus para a transformação daquele que crê, permitindo que a criatura se sinta
bem ao ponto de se considerar filho de Deus, exigindo grande esforço para mantê-los no "ninho" e forçando que aqueles que seriam
participantes naturais sejam deixados de lado.
Agir assim
demonstra atitude semelhante aos pais que sem saber tiveram o ninho invadido, tiveram
os próprios filhotes jogados fora dele, tendo gasto tempo e um precioso momento
da vida para dar continuidade à geração de outra linhagem do que a sua própria.
Mesmo que
observemos os crescimentos surpreendentes das outras igrejas, precisamos manter
a firmeza na Doutrina Bíblica, preservando com cuidado o ambiente e aguardando que o crescimento seja dado pelo
Senhor.
Jamais se deve estar ansioso pelo crescimento de tal forma que apliquemos os projetos
humanos que não levam em conta a transformação ou não da criatura.
A Igreja é
lugar de culto em comunhão e transformação de vidas. Não se pode ficar contente
apenas porque há muitos “cucos”, porque esses impedem o real crescimento da
igreja, atrapalhando o Seu verdadeiro crescimento.
O
investimento da Igreja deve ser em vidas e não em shows e entretenimentos, os quais agradam muito
as criaturas, mas pouco ou nada servem para a transformação dessas criaturas e para o crescimento dos filhos.
O investimento
das igrejas deve ser em programações que propiciem o estudo da Bíblia, proporcionando
assim o crescimento dos filhos e a transformação das criaturas em filhos de
Deus.
Precisamos ficar muito atentos com a lição que a natureza nos oferece sobre os Cucos!
Deus nos
abençoe e use!
Henri –
Membro da SIB Magé.
*Membro da
ABACLASS.
Um comentário:
Os Seminários de Teologia deveriam ser quais ninhos muito bem vigiados para impedir os ovos de Cucos!
Henri.
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